top of page

Artigos

Confira diversos artigos sobre saúde, musculação, etc. Fique por dentro das novidades

           Professor Júnior Facchina

 

Graduado pela Faculdade de Ed. Física de Volta Redonda - UNIFOA
Pós Graduado em Treinamento de força pela Universidade Gama Filho, RJ
Personal Trainer, habilitado pela Escola International School of Sports Nutrition and Human Performance - EUA.

SOBRECARGA METABÓLICA X TENSIONAL

A grande maioria das pessoas que procuram a musculação tem o objetivo de aumentar a sua massa magra.Conseguir, no entanto, é muito mais complexo do que se imagina.
Os aspectos nutricionais e genéticos, como abordei em artigos anteriores, são de suma importância.

Neste artigo, abordarei o conceito de treinamento propriamente dito.
Várias são as teorias e métodos para se atingir a hipertrofia muscular, porém quase todas tem o mesmo princípio: intensidade x volume de treino.
Hipertrofia muscular pode ser definida fisiologicamente como: aumento da secção transversal do músculo esquelético. Ela ocorre devido a sobrecarga imposta ao músculo. Seja ela tensional ou metabólica.

  • Sobrecarga Tensional: causa a hipertrofia miofribilar devido ao aumento das proteínas contráteis nas miofribilas, que ocasiona o aumento no número e tamanho das miofibrilas. Isso ocorre por causa do treinamento com cargas elevadas e baixas repetições.
  • Sobrecarga Metabólica: causa a hipertrofia sarcoplasmática(aumento do volume do sarcosplasma devido ao acúmulo de creatinafosfato, glicogênio e água intramuscular) que ocorre devido ao tempo prolongado de contração, sugerindo repetições elevadas com cargas mais baixas.

Assim sendo, a sobrecarga tensional é inversamente proporcional à metabólica (Santarém, 1999)

Segundo Verkhoshanski (2000), “ quanto mais rígida a intensidade, menor o volume e vice-versa”.
A sobrecarga tensional  produz um estresse mecânico ao músculo, enquanto a metabólica um estresse bioquímico.
Evidências científicas recentes, apontam que em protocolos de treinamento com ênfase na sobrecarga metabólica, há uma maior liberação endógena de testosterona e hormônio do crescimento no período pós-treino, tornando um perfil hormonal favorável ao crescimento muscular. Especula-se, que isto se deva ao maior acúmulo de lactato neste tipo de treino.
Portanto, o mais importante é utilizar de forma inteligente a Periodização. Todas as variáveis devem ser manipuladas ao longo do ano (temporada de treinamento) de acordo com os objetivos de cada fase.
É de grande relevância também, levar em consideração o biotipo do aluno/atleta e seu nível de treinamento para a correta aplicação da sobrecarga.
Finalizando, vale ressaltar a individualidade biológica, pois cada um terá uma resposta fisiológica ímpar sobre a sobrecarga utilizada. Cabe ao treinador utilizar seu “feeling” para escolher a melhor opção naquele momento para seu atleta/aluno.
Bons treinos e que Deus  os abençoe.

 


Referências:

  Santarém, José Maria. Treinamento de Força e Potência. São Paulo: Atheneu,1999.
        Verkhoshanski, Yuri. Hipertrofia Muscular: Bodybuilding. Rio de Janeiro: Ney Pereira Editora,2000.

bottom of page